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Publicado 19/03/2017

Abusar de itens como o lenço umedecido e protetor diário estão entre os hábitos que podem prejudicar sua saúde



Cuidar da saúde íntima de forma correta pode se tornar uma tarefa mais complicada do que realmente é, sobretudo se você possui hábitos e utiliza produtos que podem causar danos à região. Quem aponta os maiores erros é a ginecologista e obstetra Dra. Maria Elisa Noriler.

Lavar demais - Segundo a médica, o principal problema é que muitas mulheres acreditam que lavar demais a área significa limpeza, quando na verdade pode ser uma atitude prejudicial para a saúde. “A higiene íntima tem de ser feita uma ou duas vezes por dia, mesmo durante a menstruação”, explica.


Deixar a calcinha secando no banheiro - Segundo a ginecologista, se você deixar a calcinha secando no banheiro ela nunca vai secar, de fato: “Se você lavar a peça no banho tem de pendurar na área de serviço, por exemplo. E você pode lavar com sabonete normal”.



O adequado é pendurar a calcinha em um local arejado, como a área de serviço

Fazer banho de assento - A especialista ressalta que este é um método antisséptico, que os médicos indicam para pacientes que não tiveram relação sexual, que não podem usar creme com aplicador na região íntima. “Serve para tratar alguma vaginite, e muitas vezes complementando com algum antibiótico via oral”. “O banho de assento, por si só, a gente não vê muito resultado. Ela pode desenvolver dermatite por atrito e desencadear uma coceira, por exemplo. O hábito deixaria a mucosa mais fina, podendo ser porta de entrada para outras doenças”, alerta.

Ducha vaginal - A ducha vaginal é algo que não é nem um pouco recomendado pelos especialistas, porque com este hábito, você tira elementos de defesa da vagina. Este tipo de limpeza também pode ocultar sintomas como o corrimento e um odor mais forte, sintomas que devem ser cuidados por um médico. 


A ducha vaginal também é um modo de limpeza excessiva, que retira elementos de defesa da região

Abusar do lenço umedecido - A médica diz que o lenço umedecido deve ser usado raramente e não deve ser esfregado na região, apenas deve-se passá-lo levemente para não dar atrito. “O lenço é para quando a mulher sai ou quando evacua, por exemplo. É uma arma para ter no carro, na bolsa, mas não usar como hábito. O papel por si só já ajuda”, afirma.


Utilizar desodorante íntimo - Este produto também não é indicado, porque embora ele seja voltado para usar na região, as características da área se modificam por conta do uso. Mas, caso a mulher queira usar em uma emergência, é preciso ter cuidado e passar com a distância de 10 cm a 15 cm na virilha e não na mucosa.


O desodorante íntimo não é indicado, mas se for preciso recorrer a ele em alguma ocasião é preciso 

cautela e passar com a distância de 10 cm a 15 cm na virilha
Usar sabonete íntimo - De acordo com a ginecologista, o sabonete íntimo tira os elementos de defesa da região. Dra. Maria Elisa explica que algumas meninas na pré-adolescência possuem alguma ardência na região íntima. Portanto, o sabonete íntimo, que tem o pH ácido igual ao da vagina, pode ser usado por elas. Mas para as mulheres que usam o sabonete comum, em barra, e não têm alergia, podem usá-lo na higiene íntima. “O sabonete íntimo é mais indicado quando se tem intolerância ao sabonete normal”, pontua.

Optar pela depilação total - Dra. Maria Elisa reforça que os pêlos também são uma forma de defesa, ou seja, fazer a depilação total pode ser um risco, por deixar a região mais exposta: “É preciso ficar atenta, porque ao tirar todo o pêlo também podem surgir coceiras”.


Os pêlos da região íntima são uma maneira de defender a área. Portanto, retirá-los totalmente pode trazer riscos para a região, por deixá-la mais exposta

Passar talco na região - “O talco pode desencadear um processo alérgico. É mais indicado para as pacientes gordas, porque tem atrito na região e para evitar assadura, diminuir a umidade”, explica a médica. Mas é importante lembrar que o uso deve ser feito apenas na virilha e na coxa.

Fazer uso constante do protetor diário - O protetor abafa mais a região, deixando-a mais úmida e facilitando a proliferação de fungos e bactérias. “Se você tem a região mais úmida, uma opção é trocar de calcinha ao longo do dia, e não usar o protetor diário. Se você tem de usar o protetor é preciso ver se não tem algum problema na região”.


O protetor diário deixa a região abafada, o que a torna mais úmida e pode ocasionar na proliferação de fungos e bactérias




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